A história da Mafalda
A Mafalda cresce a ouvir expressões limitadoras sobre o dinheiro. Não é que tudo seja mau, mas há sempre algum problema associado ao dinheiro. Como o dinheiro é o causador de todos os males no mundo; como é preciso trabalhar muito e no duro para ter dinheiro; como os pobres, coitados, vivem mal por não terem dinheiro; como os ricos, esses gananciosos, têm dinheiro e mesmo assim não são felizes.
Para piorar, a Mafalda cresce também a ver os pais, os avós e outros familiares a debaterem-se com questões financeiras, como a total ausência ou desorganização do orçamento familiar, o endividamento, perdas financeiras, perdas materiais, perdas emocionais.
A Mafalda é ainda posta de parte nas conversas sobre o tema do dinheiro, que é considerado conversa de adultos e não de crianças, e, por isso mesmo, não tem voto na matéria.

Chegada a adolescente e jovem adulta, a Mafalda não só não sabe lidar com o dinheiro como ainda está financeiramente dependente dos pais, o que condiciona as suas opções e liberdade.
A Mafalda passou a infância e adolescência a desenvolver uma relação muito pouco saudável com o dinheiro, perdendo oportunidades de aprendizagem preciosas pelo meio, assumindo, de forma inconsciente, como sua uma herança inevitável e uma identidade de incapacidade financeira.
A história da Inês
A Inês cresce a ouvir expressões potenciadoras sobre o dinheiro. Não é que tudo seja bom, mas a maior parte do que ouve é positivo e cheio de possibilidades! Como o dinheiro é algo neutro que reflete os usos que cada um de nós lhe dá, tanto para o bem como para o mal.
Para melhorar, a Inês cresce também com acesso a diferentes exemplos, casos de insucesso e de sucesso, os quais lhe mostram os dois lados da moeda e que com educação e organização financeira tudo é possível.



A Inês é integrada nas conversas familiares sobre o dinheiro e tem voto na matéria. Os pais conversam abertamente com ela sobre o tema do dinheiro, tanto ao nível de ensinamentos (o que é, como se gere, etc.), como ao nível das finanças familiares (como está a situação financeira familiar, o que podem fazer em família para a levarem a bom porto, etc.).
Chegada a adolescente e jovem adulta, a Inês sabe o que é, como usar, como fazer e como gastar dinheiro, tomando as suas decisões financeiras de um lugar de conhecimento e empoderamento, o que lhe permitirá desfrutar da sua liberdade de opções.


